A capoeira e o cantadorEu passava numa rua
Quando alguém me parou
Ouvi falar de você
É o tal de cantador
É cantador
É cantador
É cantador
A carta de BesouroOi, quem mandou levar
Essa carta pra sinhá!
Quem mandou levar
Óia lá Besouro preto
No jogo da emboscada
CaminhadorMandei dizer,
pro meu amor,
um dia eu volto morena
pra te buscar
hoje eu saio bem cedinho
na mão levo o berimbau
no meu peito a capoeira
Chamado de AngolaChama eu, chama eu
Chama eu, Angola chama eu
Chama eu, chama eu
Chama eu, Angola chama eu
Numa viagem pra África
Coisa mandadaIsso é coisa mandada
Isso é coisa mandada
Isso é coisa mandada
Isso é coisa mandada
Eu sempre andei de noite
Quanta vez na madrugada
Fazendo versosFazendo versos eu já venho há muito tempo
Valei-me Deus, nesse momento
Fazendo versos eu já venho há muito tempo
Valei-me Deus, nesse momento
Letras sem pé nem cabeça
Começa pelo final
Homenagem a Zumbi dos PalmaresAngola terra dos meus ancestrais, Angola
Angola êêê terra dos meus ancestrais, Angola
De onde veio à capoeira angola
Do toque do berimbau, Angola
E vivia no Quilombo
O valente rei Zumbi
Guerreiro de muitas lutas
Por seu povo sofredor
LuandaOh aê! Luanda
Oh aê! Luanda
(coro)
A capoeira é de bamba querer
A capoeira é de querer bandar
Mandinga de AngolaLá vem menino vem ver
Lá vem menino vem ver
Pra depois você contar
Como foi que aconteceu
Vem menino vem ver
Lá vem menino, vem ver
Lá vem menino, vem ver
Meu gungaEu já vi cantar de tudo
Nas rodas de capoeira
Louvação pros velhos mestres
E até pra quem morreu
Do pandeiro e do atabaque
Do ganzá e do agogô
Só não vi falar do dia em
O capoeira e o pescadorMaré me leva ê, maré me traz
Maré me leva ê, maré me traz
Maré me leva ê, maré me traz
Maré me leva ê, maré me traz
A vida do capoeira
É como a do pescador
Pau que nasce tortoPapagaio velho não aprende a falar
Aprendeu errado, é difícil endireitar
Papagaio velho não aprende a falar
Aprendeu errado, é difícil endireitar
A meia lua de frente
Tem que encaixar o quadril
Por quem chora o berimbauAvô meu, negro de Angola
Avô meu, berimbau chora
Avô meu, negro de Angola
Avô meu, berimbau chora
Ele chora de saudade
Por aqui não volta mais
Preto velhoPRETO VELHO
Autor: Boa Voz (RJ)
Preto Velho quer correr
Preto Velho já não pode mais
Preto Velho tem 100 anos
Preto Velho nunca teve paz
Respeite o tempo meninoTu não sabe andar, já quer correr
Cuidado moço pro mundo não lhe bater
Tu não sabe andar, já quer correr
Cuidado moço pro mundo não lhe bater
Eu nunca vi dá rasteira
Sem ginga sem base boa